segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ricardo, depois de muita luta, o encontro com a paz!

Nos últimos 5 anos tenho dedicado parte do meu tempo a Associação Asbratrigeminal, que de uma forma muito acanhada, vem desenvolvendo mecanismos de comunicação que possam divulgar essa doença que assola a vida de algumas pessoas.

E diante de tanto sofrimento, me pego, em várias situações, com lágrimas nos olhos, porque anseio que todos aqueles que buscam por cura, a encontrem verdadeiramente.

Eu me deparei, hoje, com o relato do Ricardo, que de forma tão explícita, conseguiu transmitir todo medo, angústia, ansiedade, insegurança que sentiu por um longo período.

Não tive coragem de alterar uma vírgula de seu texto. Não seria justo.

Obrigada Ricardo!

Boa leitura!

Eliana Curcio

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tenho só 26 anos e sofro com a Neuralgia Trigeminal



Patrícia Natazza, Carnaubais, Interior do estado do Rio Grande do Norte



A minha primeira crise foi dia 14 de fevereiro de 2004. Lembro bem o que aconteceu... Exatamente no momento em que eu penteava meu cabelo, fui tomada por uma dor indescritível no meu maxilar direito, que inocentemente, eu imaginava ser uma simples dor de dente.

Logo no dia seguinte fui ao meu dentista que descartou a possibilidade de uma dor dentária, pois como tinha mordida cruzada, ele diagnosticou como dor muscular. Eu extraí todos os meus dentes dos sisos e coloquei um aparelho ortodôntico. Fiz um péssimo negócio... O aparelho aumentou muito minhas dores, mas o dentista sempre dizia que não era do aparelho.

Como eu sou do interior do Rio Grande do Norte, viajei até a capital em busca de solução. E lá, orientada por um médico especialista em dor, eu fiz uma série de exames na face e um tratamento de acupuntura.

Como as dores eram muito intensas e eu só fazia chorar, meu pai me acompanhou em uma consulta com o dentista e praticamente o obrigou a retirar o aparelho. Consegui algum alívio, mas, com o passar do tempo, a dor voltou. E cada vez que isso acontecia, eu ia ao Pronto Socorro, alegando dor de dente, e tomava uma solução de “Dolantina” e a dor realmente passava.

Dois meses após a primeira crise de dor, eu prestei o vestibular e novamente fui acometida por uma nova crise. No Hospital, a médica de plantão encaminhou meu caso para o Neurologista. Fiz vários exames, todos possíveis e imagináveis, porém não obtive nenhuma resposta. Fui medicada com “Gabapentina” e a dor cessou por oito meses seguidos. Após esse período, nova crise que durou cerca de dois meses... Iniciei o tratamento com “Tegretol”.

Fui à busca de solução em vários médicos neurologistas e a opinião deles sempre me deixava péssima: ou diziam que não tinha cura ou que não acreditavam ser Neuralgia Trigeminal e sim um problema psicológico.

No final de 2005, resolvi ir a Fortaleza, Ceará, para novas consultas e tentativas e lá o Neurologista sugeriu fazer a Descompressão. Fiquei um ano sem sentir dor, mas logo começaram alguns incômodos na face como formigamento e dor.

Em novas consultas, os médicos diziam que não era possível sentir dores porque havia feito a descompressão e não mais prescreviam os medicamentos... Muitas vezes eu tinha que ir a vários hospitais para conseguir ser medicada e como eu moro numa cidade pequena os médicos trocavam informações dizendo que o que eu tinha era “piti”.
Em setembro de 2008 eu tive uma crise aguda de dor em meu trabalho e fui direto para um hospital de grande porte aqui no Rio Grande do Norte. No Pronto Socorro havia um cardiologista que tentou todos os analgésicos do mundo. Como nada adiantou, resolveu chamar um neurologista que solicitou uma ressonância magnética.

A ressonância mostrou que a haste usada para descomprimir o nervo trigêmeo estava mal posicionada e que eu teria que fazer outra cirurgia para removê-la. A UNIMED negou a autorização para a cirurgia e meus pais foram conversar com os médicos para fazer particular.

E fomos informados que dessa vez a cirurgia era de grande risco, pois passavam muitos vasos sanguíneos e na tentativa de remover a haste poderia haver uma dilatação. Não pude realizar a segunda tentativa. Passei mais de ano sem sentir nada, depois tive uma crise que levou uns três meses para passar por completa.

A grande lição disso tudo:

O SUS não tá preparado para atender portadores de NT, os planos de saúde sempre falham quando mais precisamos, os médicos de urgência dos hospitais são despreparados, pois desconhecem a doença e existe um grande preconceito com os portadores... Nos olham como loucos, dores psicológicas, “pitis” e até viciados em analgésicos.

É muito triste, eu ver a minha família desconfiar de mim. Muitas vezes, quando chegava aos hospitais, os médicos tentavam convencer meus pais de que eu não tinha nada, até que foi provada na ressonância a má colocação da haste.

Outra coisa que me revolta: quando eles falam na possibilidade de vício em analgésico, como eu posso ser viciada se eu passo mais de ano sem tomar esses remédios para dor?

Minha cabeça tem muitas perguntas e quase nenhuma resposta...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Entrevista - Dr° Cláudio Corrêa

Dr. Cláudio Fernandes Corrêa, com quase 30 anos de atuação profissional, é neurocirurgião especializado no tratamento da dor aliado a neurocirurgia funcional. É coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho (São Paulo-SP), onde atende ambulatoriamente e realiza cirurgias e presidente do Instituto Simbidor, que realiza a cada dois anos, o Simpósio Brasileiro e Encontro Internacional sobre Dor.
Graduado pela Faculdade Federal do Triângulo Mineiro, também possui mestrado e doutorado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal do Estado de São Paulo. É membro das principais sociedades relacionadas à neurocirurgia e ao estudo da dor.





Segundo o Dr. Cláudio, a DOR, de uma forma geral, é responsável por cerca de 80% das consultas médicas realizadas mundialmente. E a Neuralgia Trigeminal, conhecida por ter como principal sintoma uma dor muito forte e aguda, de curta duração foi o fator decisivo para que se especializasse no tratamento da dor aliado a neurocirurgia funcional.
A Neuralgia Trigeminal dá ao paciente a sensação de um choque elétrico ou um espasmo muscular na face, na distribuição dos ramos para a mandíbula, o maxilar e a região acima dos olhos. Acomete discretamente mais as mulheres do que os homens, acima dos cinqüenta anos, afetando substancialmente a qualidade de vida, já que seus portadores não conseguem falar, comer, escovar os dentes e, algumas vezes, nem mesmo pentear os cabelos em virtude da dor. Para alguns, é considerada a dor mais forte que acomete o ser humano, sendo descrita como causa de tentativa de suicídio, quando não tratada.

Apesar dos vários estudos a respeito da doença ainda não se sabe com exatidão os motivos do seu desencadeamento, e embora existam tratamentos medicamentosos paliativos para aliviar a dor, somente a intervenção cirúrgica consegue resolver o problema em definitivo em cerca de 80% dos pacientes.

As drogas que melhor atuam no controle da dor são: Carbamazepina e a Oxicarbazepina. Outras drogas usadas, mas com menor possibilidade de resolução são: Pregabalina, Difenilhidantoina, Baclofeno e Clonazepan.

Dentre as técnicas cirúrgicas, a mais indicada, tanto pelos resultados e segurança como pelos menores índices de efeitos colaterais, é a Cirurgia de Compressão do Gânglio de Glasser com Cateter Fogarty (balão). A intervenção, minimamente invasiva, leva de 1 a 10 minutos, em média, com o paciente podendo conferir os resultados imediatamente após a cirurgia.

Outras técnicas:

Neurotomia Retrogasseriana por Radiofrequência,
Neurotomia do Gânglio de Gasser com Glicerol
Microcirurgia Descompressiva
Radiocirurgia Estereoáxica

Para o Dr. Cláudio, ao tomar a decisão pela cirurgia, o critério a ser avaliado é a intolerância da dor ao tratamento com medicamentos (conservador). Os métodos percutâneos podem ser realizados mesmo em pacientes muito idosos e debilitados com outras doenças.

Os métodos percutâneos, embora alterem ainda que temporariamente a sensibilidade da face, não implicam em sequelas motoras e não evoluem para óbito. O método da descompressão neurovascular habitualmente não altera a sensibilidade da face, mas apresenta mortalidade que varia de 0,5% a 1%, de acordo com os autores.

Estatisticamente a Microcompressão do Gânglio Gasser com Fogarty, a Descompressão Neurovascular e a Neurotomia Retrogasseriana por Radiofrequência são os procedimentos que menos apresentam recidivas: em torno de 30 a 35% no prazo de cinco anos. O uso do Glicerol na técnica Neurotomia do Gânglio de Gasser envolve recidivas mais freqüentes, aproximadamente 50% em 2 anos.

Cerca de 70% dos pacientes tratados pelos métodos cirúrgicos mais eficazes não mais apresentarão a dor. Os demais poderão apresentar recidiva da dor e o método de tratamento poderá ser repetido.
Embora descrita antes de Cristo, ainda não se sabe exatamente sua causa. Há teorias que procuram justificá-la através do envelhecimento, em que ocorreriam falhas na bainha protetora do nervo, gerando nestas áreas verdadeiras descargas elétricas. Outros procuram justificar um conflito vascular como causa.

No entanto, cerca de 40% de portadores da NT autopsiados não atestam essas teorias e, portanto, continua em aberto a certeza absoluta da etiologia dessa doença.


A Neuralgia Trigeminal tem a maior incidência entre pessoas acima dos cinqüenta anos, no entanto há o acometimento da doença em pessoas mais jovens. Para o Dr. Cláudio o aumento de diagnóstico, de uma forma geral, se dá pelo desenvolvimento dos meios de comunicação e desenvolvimento de especialistas na área. A maior incidência da doença na fase adulta permanece desde a descoberta da doença, porém, considerando a maior sobrevida da população, é possível que mais pessoas venham a desenvolvê-la.


Atualmente a maior dificuldade na realização do diagnóstico é o desconhecimento da doença por parte do profissional, especialmente quando não é um neurologista ou neurocirurgião especializado em dor.


Para se ter um atendimento especializado, o portador da Neuralgia Trigeminal deve buscar auxílio em serviços especializados em dor, onde os profissionais habilitados que poderão, durante a anamnese, obter informações claras de diagnóstico e análise das condições do paciente e até mesmo optar pela melhor conduta medicamentosa ou cirúrgica.

Serviço:Dr. Cláudio Corrêa
Rua Peixoto Gomide, 515 cj. 144
São Paulo – SP
Fone: (11) 3283-3305
E-mail: info@claudiocorrea.com.br

terça-feira, 2 de março de 2010

Estou sofrendo, mas muito mesmo!

“Sou novata ainda no assunto, mas já estou destruída, destroçada, sentindo-me como um pano de chão velho, um esfregão furado... Chego mesmo a pensar em depressão por conta desse sofrimento que me fragiliza...

Esta desgraça me acometeu em setembro de 2008 e estou sendo tratada, por uma neurologista, à base de famosa Gabapentina, quatro vezes ao dia.

Fora isso, me entupo, me encharco de Novalgina + Tylenol + Dorilax + bolsa de água quente envolta em toalha úmida colocada sobre o rosto quando a dor vem e acaba comigo. Porque, colegas, é uma dor que inutiliza a pessoa! Fico destruída até a próxima crise e assim sucessivamente...Aí tenho um período pequeno de sossego, uns dias sem dor para me recuperar e... ela ataca novamente. Brinco com amigos que parece possessão demoníaca! Vem e me destrói, me deixa arrasada, desmantelada...No meu caso, o gatilho da dor é a mastigação e aí vem a dor e ataca sobre tudo minha arcada dentária, os dentes superiores e inferiores e também os da frente, além da órbita do olho, do ouvido e da bochecha, tudo só de um lado, o esquerdo. Dói até o cabelo! Nunca tinha sentido dor no cabelo antes!

Também observo que estou histérica mesmo quando sem dor. Muito nervosa. Não tenho paciência com nada nem com ninguém. Por isso fazer um esforço sobre humano para "comportar-me bem". Minha vontade é berrar, dar ataques...

No início pensei que fosse um problema dentário horrível, pavoroso, e gravíssimo, mas não era. Era a Neuralgia do Trigêmeo.”

Cecília Resende, 52 anos (Rio de Janeiro – RJ)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010



Dr° Manoel Jacobsen Teixeira


O Dr. Manoel Jacobsen Teixeira formou-se em 1972 pela Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo e especializou-se Neurologia no Hospital das Clínicas em 1973 e na Universidade de Edimburgo em 1980. Fez curso de Neurologia e Neurofisiologia. Trabalhou no Hospital das Clínicas entre 1973 e 1977, na Universidade de Edimburgo em 1978 e na Universidade de Zurique. É membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Participou do Congresso da Sociedade Internacional de Neurocirurgia e do Congress World Federation.
Atualmente trabalha no Hospital das Clínicas, no Hospital Nove de Julho, no Hospital Sírio Libanês e atende em seus consultórios em Higienópolis e Bela Vista.

PROFILE



Dr. Manoel Jacobsen Teixeira graduated in 1972 and has specialized in Neurology at the School of Medicine of the, in University of São Paulo in 1973 and at the Edinburgh University in 1980. He is also specialized in Neurology and Neurophysiology. He worked at the Hospital das Clinicas of Sao Paulo Clinics Hospital between 1973 and 1977, at the University of Edinburgh in 1978 and at the University of Zurich. He is a member of the Brazilian Society of Neurosurgery.

Currently he is the Chairman of Neurosurgery and responsible for the pain Canter of the Hospital das Clinicas de São Paulo from the School of Medicine of the University of São Paulo.

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Como é realizada a cirurgia de Descompressão do Nervo Trigêmeo? Essa cirurgia é a que traz menos prejuízo ao paciente?


A cirurgia consiste de, sob anestesia geral ou bloqueio anestésico do gânglio trigeminal, da punção do buraco oval na base do crânio com uma agulha e através dela da introdução de um pequeno balão, igual ao utilizado para desobstruir artérias em cirurgia vascular, Apos sua aplicação, o balão é insuflado durante alguns minutos e causa distensão do envolvimento do gânglio e distorção e lesão parcial das fibras trigeminais. A CIRURGIA QUE MENOS CAUSA PREJUÍZO AO DOENTE E A DESCOMPRESSAO MICROCIRURGICA DO NERVO TRIGEMEO.
A Rizotomia por radiofreqüência é mais seletiva e mais difícil de ser realizada.

How is carried through the surgery of percutaneous compression of the trigeminal ganglion? Is this surgery the one that brings less damage to the patient?


The surgery consists of - a general anesthesia or anesthetic block of the trigeminal ganglion, puncture of the oval foremen in the skull base with a needle and the introduction of a small balloon through it - the same as the used to unclog arteries in vascular surgery. After this application, the balloon is insufflated during some minutes and causes distension of the involvement of ganglion, distortion and partial lesion of trigeminal fiber. THE SURGERY WHICH CAUSES LESS DAMAGE TO THE PATIENT IS THE NEUROVASCULAR DECOMPRESSION OF TRIGEMINAL NERVE. On the other side, the rhizotomy by radio-frequency is more selective and more difficult of being carried out.


Esse tipo de cirurgia é indicado para qual perfil de paciente? Quais os critérios avaliados?

A compressão é indicada para doentes com dor no primeiro ramo do nervo trigêmeo, doentes que são surdos ou que não tem condições psíquicas ou mentais de participar do procedimento de radiofreqüência.
A descompressão microvascular e indicada para indivíduos com menos de 65 anos que pretendam ter a sensibilidade da face preservada, ou quando lesão compressiva da raiz (tumor, aneurisma) ou associação da neuralgia com neuralgia do glossofaríngeo ou espasmo hemifacial.
A Rizotomia por Radiofreqüência é indicada para tratar doentes com dor na região do segundo e terceiro ramos do nervo trigêmeo ou quando a dor e causada por tumores ou esclerose múltipla.
A Rizotomia por Radiocirurgia é indicada quando as condições anatômicas, clinicas ou etárias e impossível realizar-se a descompressão ou os métodos percutâneos.

This type of surgery is indicated for which type of patient? Which are the evaluation criteria?


The compression is indicated for patients with pain in the first branch of the trigeminal nerve and, patients who are deaf or that have not psych or mental conditions in participating of the radio- frequency procedure.

The neurovascular decompression is indicated for individuals with less than 65 years who intend to maintain the sensitivity of the face preserved, when there is a compressive lesion at the trigeminal root (tumor, aneurism) or when trigeminal neuralgia is associated with glossopharyngeal neuralgia or hemifacial spasm.

The radiofrequency rhizotomy is indicated to patients with trigeminal neuralgia at the trigeminal second and third branches or when the pain is provoked by tumors or multiple sclerosis.

The rhizotomy by radiosurgery is indicated when anatomical, clinical or age conditions do not allow to carry out decompression or the percutaneous methods.
 
Há novas técnicas sendo desenvolvidas?

Sim. A técnica de descompressão percutânea endoscópica em desenvolvimento no Hospital das Clinicas da FMUSP.

There are some new techniques being developed?


Yes. The technique of percutaneous endoscopic decompression is under development at the Hospital das Clinicas, of the School of Medicine, University of São Paulo.
 
São realizadas quantas cirurgias por mês? Há fila de espera?

Só no hospital das clinicas realizam-se cerca de 15 operações ao mês e na clínica privada cerca de 5 e não há fila de espera.

Monthly, how many surgeries are carried out? Has it a waiting list?


Only in the Hospital das Clinicas it is carried out about fifteen operations each month and in the private clinic about 5 where there is no waiting list.
 
Houve um aumento do número de diagnósticos?

Houve aumento da procura provavelmente devido a divulgação de sua existência e da possibilidade de haver tratamento.

There was an increase in the diagnostic number?


There was an increase of the demand, probably due to its existence dissemination and considering the trigeminal treatment possibilities.

Atualmente quantos médicos da neurocirurgia estão aptos a realizar esse procedimento?
No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP são 5 profissionais que estão aptos a realizar esse procedimento.

Há investimentos, por parte do governo, em novas pesquisas?

Ha investimentos por parte da Universidade de São Paulo de das fontes de fomento como a FAPESP.

Concerning the government, there are investments in new researches for the trigeminal treatment?


There are investments by the University of Sao Paulo and sources of fomentation such as FAPESP.

Quais os novos medicamentos que poderão aliviar a dor do paciente? Há novas tecnologias?
Há medicamentos sendo experimentados como a Pregabalina, Lamotigina e Topiramato e alguns bloqueadores específicos de canais de sódio em fase 1 de desenvolvimento.
What new drugs that may alleviate the patient’s pain? There are new technologies?


There are drugs being tested as Pregabalin, and Lamotigine Topiramate and some specific blockers of sodium channels in a stage of development.
 Poderia descrever quais são as principais reações ou seqüelas que o paciente operado pode desenvolver?


Em casos dos métodos percutâneos as repercussões mais comuns são: hipostesia da face, formigamento no local da dormência, dificuldade inicial para mastigar, irritação ocular.

Quando não ha complicações a descompressão não causa seqüelas. A sensibilidade da face e preservada. Hemorragia, infecção, anormalidade de outros nervos cranianos e morte são raros.

In case of percutaneous methods the most effect are the followings: facial hypoesthesia facial, tingling at the site of numbness, difficulty starting chew, eyes irritation. When there are no complications, decompression does not cause complications. The facial sensitivity is preserved. Bleeding, infection, abnormalities of other cranial nerves and death are rare.




































domingo, 24 de janeiro de 2010

Entrevista - Dr° Geraldo Eugênio Richard Carvalhaes


Dr. Geraldo Eugênio Richard Carvalhaes – CRM 6175 MG
Anestesiologista e Diretor da Clínica da Dor, Belo Horizonte (MG)


Desde 1974, Dr° Carvalhaes, Anestesiologista e Diretor da Clínica da Dor em Belo Horizonte MG, trabalha com o tratamento da Dor. Durante todos esses anos, tratou de aproximadamente cinquenta pacientes portadores de Neuralgia Trigeminal.

A doença, ainda sem conhecimento exato de sua causa, mas a teoria mais aceita pelos médicos neurologistas é a dilatação de uma artéria no Sistema Nervoso Central que endurecida pela arteriosclerose, ao pulsar, entra em contato com o nervo, e induz uma descarga chamada de Hiper-Excitação provocando quadros dolorosos. Atualmente a teoria mais recente indica que há uma hiper-excitabilidade neuronal, como se fosse um foco epiléptico e isso explicaria o uso de anticonvulsivantes com bons resultados.

O trabalho desenvolvido pelo Dr. Carvalhaes, na Clínica da Dor, com o aparelho de Estimulação Magnética Transcraniana, que tem como função estabilizar, excitar ou inibir os neurônios cerebrais, tem obtido resultados positivos em várias patologias, incluindo a Neuralgia Trigeminal.

É um procedimento recente, simples, não invasivo, sem efeitos colaterais, é contra indicado apenas para pacientes que já sofreram cirurgias no cérebro com colocação de clip metálico, como cirurgia para aneurisma, pacientes epilépticos que não estejam tomando medicamentos e os pacientes portadores de marca-passo cardíaco.

No momento, a clínica está com quatro pacientes em tratamento e todos tiveram remissão do quadro, sendo que em um, faz o tratamento de suporte com uma aplicação mensal, tendo em vista que é um paciente crônico e refratário a diversos outros tratamentos. “Acredito que a técnica apesar de recente, irá fazer uma verdadeira revolução na área médica, pois sua indicação terapêutica tem se estendido para várias outras patologias neurológicas e psiquiátricas, como: Depressão; Parkinson: Distonias: Zumbidos; Esquizofrenia; Epilepsia, Sequelas de AVC (Acidente Vascular Cerebral), além dos quadros de dores crônicas. Com o advento da estimulação magnética, um novo horizonte se abriu e hoje, acredito que um leque maior de patologias psiquiátricas e neurológicas poderão se beneficiar e muito desta técnica”, conclui Dr. Carvalhaes.



Serviço
Dr. Geraldo Eugênio Richard Carvalhaes – CRM 6175 MG
Rua Bernando Guimarães, 2746 – Santo Agostinho – BH/MG
Contato: (31) 3337-3516
E-mail: clidor@terra.com.br
www.clinicadedor.com

sábado, 16 de janeiro de 2010

Profª Drª Silvia Regina Dowgan Tesseroli de Siqueira


Possui graduação em Odontologia pela Universidade de São Paulo (2000) e doutorado em Ciencias - Departamento de Neurologia pela Faculdade de Medicina da USP (2006). Atualmente é Professor Doutor da EACH - Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo e membro da Equipe de Dor Orofacial e do Centro Interdisciplinar de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Tem experiência na área de Odontologia e estudo da interação sensitiva somestésica, gustiva e olfativa, com ênfase em neuropatias trigeminais, atuando principalmente nos seguintes temas: dor orofacial, neuralgia trigeminal, neurocirurgia, dor, sensibilidade facial somatosensitiva, gustativa e olfativa, mecanismos moleculares das neuropatias trigeminais e neuralgia do trigêmeo.


She is graduated in Dentistry from the University of São Paulo (2000) and PhD in Sciences - Department of Neurology at the Medical School of USP (2006). She is currently Associate Professor of EACH - School of Arts, Sciences and Humanities, University of Sao Paulo and a member of the Orofacial Pain Team and the Interdisciplinary Pain Center, Hospital das Clinicas of the School of Medicine, University of São Paulo (USP). She has experience in dentistry, orofacial pain and quantitative sensory studies including sensory interaction among somatosensory, and olfactive and gustative modalities, with emphasis on trigeminal neuropathies, mainly in the following areas: orofacial pain, trigeminal neuralgia, neurosurgery, pain, somatosensory facial sensitivity, taste and smell, the molecular mechanisms of trigeminal neuropathy and trigeminal neuralgia.
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1 - Para que o paciente, que ainda não tem o diagnóstico confirmado (NT), possa ser atendido pela equipe do ambulatório da dor, quais os procedimentos que deve tomar?

Quanto ao atendimento, lembramos que o paciente diagnosticado com neuralgia do trigêmeo deve em geral fazer o acompanhamento clínico no posto de saúde, que o encaminhará no momento de necessidade cirúrgica ao hospital terciário para atendimento.

1 - For the patient who does not have a confirmed diagnosis (TN), how he may be assisted by the staff of the pain clinic, what procedures should take?

As for service, we advise the patient diagnosed with trigeminal neuralgia that he should generally do the clinical follow-up at the health center, which will follow him in due time of needing a surgical intervention in a tertiary care hospital.

2 - Quais são as especialidades que irão acompanhá-lo durante o tratamento no ambulatório da dor? E por quê?

As especialidades que irão acompanhar o paciente são: neurocirurgião, responsável pelo procedimento e cirurgião-dentista que passará todas as orientações relacionadas a complicações do aparelho mastigatório e da sensibilidade da face que podem ocorrer, além do anestesista e equipe de centro cirúrgico que acompanha o atendimento.

2 – What are the specialists who will follow the patient during the pain treatment in the clinic? Why?

The specialist who will follow the patient are: neurosurgeon, responsible for the surgical intervention and the dentist specialist in orofacial pain, who will evaluate and treat all the related complications of the masticatory system and at the facial sensitivity which can occur; the patient is also assisted by the anesthesist and operating room staff.

3 - O diagnóstico é confirmado por quais exames clínicos? Quais exames são indicados para confirmação do diagnóstico?

O exame clínico e história são suficientes para fechar o diagnóstico, mas sempre será solicitada ressonância magnética e/ou tomografia computadorizada com e sem contraste para verificar se há alguma anormalidade na região de entrada do nervo ao sistema nervoso central.

3 - Which examinations are indicated for confirmation of the diagonosis?4 - Quais os novos medicamentos que poderão aliviar a dor do paciente? Há novas tecnologias?

Atualmente os medicamentos mais utilizados são os anticonvulsivantes, principalmente a Carbamazepina, que apesar de antiga se mostra a melhor entre as drogas que podem ser utilizadas; há o desenvolvimento de algumas drogas que atuam na parede dos neurônios e no mecanismo de transmissão da informação da dor, mas estão em fase de teste.

4- What new drugs that may alleviate the patient’s pain? There are new technologies?

Currently the most widely used drugs are anticonvulsants, especially Carmazepine. There are new drugs that are in development acting in ion channels at the neurons membranes.

5 - Quando se inicia o processo da NT, a maioria dos pacientes busca ajuda com os dentistas para realizar o diagnóstico. Podemos indicar outras especialidades?

O paciente acaba por procurar ajuda do dentista porque a dor é na boca, e é obrigação do dentista diagnosticar, porém nem todos estão preparados e precisam de cursos de reciclagem e de treinamentos sobre a neuralgia do trigêmeo; em caso de suspeita, o profissional mais indicado é o neurologista.

5 – At the onset of TN, the majority of patients seek dental assistance to carry through the diagnosis. Other specialties can be indicated?

The patients turn out to seek help from the dentist because the pain is often located in the mouth, and it is the obligation of the dentist to do differential diagnosis with dental causes of pain, but not everyone is prepared. Then they need recycling and training courses on the trigeminal neuralgia, and in case of doubt, the most indicated professional is the neurologist.

6 - Há outros serviços em outros estados que podemos indicar para portadores de NT de outras regiões?

Há poucos centros no país. As faculdades federais e estaduais e hospitais das clinicas assim como santa casa em que haja o serviço de dor devem estar preparadas, porém são escassos.

6 – There are new surgical techniques being developed?

The main surgical techniques are neurovascular decompression, radiofrequency rhizotomy, balloon decompression and radio-surgery.

7 - Há novas técnicas cirúrgicas sendo desenvolvidas?

Não há novas técnicas cirúrgicas além das conhecidas como descompressão microvascular, Rizotomia por radiofreqüência, compressão com balão e radiocirurgia

7 - In which cases, surgery is the best indication?

The neurosurgery is indicated when pain is resistant to medication in the presence of side effects that can cause damages or interfere too much in the quality of life of individuals, such as or their work activities, leisure, etc.. However, each time more has been more precociously indicated.

8 - Em que casos, a cirurgia é a melhor indicação?

As cirurgias são indicadas quando a dor apresenta resistência aos medicamentos ou quando os efeitos colaterais causam danos ou interferem demais na qualidade de vida do indivíduo, ou em suas atividades de trabalho, lazer, etc. Porém, cada vez mais tem sido mais precocemente indicadas.

9 - Quais os critérios utilizados para a realização da triagem de pacientes?

Na triagem de dor, os critérios da neuralgia do trigêmeo (características de dor, etc.) conduzem ao diagnostico; para a cirurgia, são os critérios acima, sendo que quanto mais jovem e mais saudável, será realizada Descompressão Microvascular seguida da Rizotomia, e quanto mais idoso e comprometido, a compressão com balão e por fim a radiocirurgia.

9 – What are the criteria used to perform the screening of patients?

After the diagnosis of TN by the current clinical criteria and imaging exams, the surgical indication depends on age, general health and the trigeminal branch which is affected

The Clinical examination and patient’s history are sufficient to make the diagnosis; it should be requested MRI and/or CT scan with and without contrast to see if there is any abnormality in the entry zone of the trigeminal nerve to the central nervous system.

Só quem tem, sabe...




Cada um que chega ao Hospital das Clínicas, em São Paulo, chega com uma história de dor. A princípio, é uma dor na face que insiste resistir a todos os tipos de analgésicos disponíveis no mercado. O medo, a angústia, a ansiedade pela definição e diagnóstico aperta, sem piedade, o coração daqueles, que na longa caminhada, esperam por uma resposta.

Logo em seguida, inicia-se um processo de espera por uma definição e então o esperado resultado se confirma: o que não significa um alívio, mas a certeza de que a cura ainda é uma busca dos profissionais de saúde e a confirmação de uma trajetória complicada desses peregrinos. É a certeza de que não poderão se beneficiar da vida atribulada de um ser humano normal. É a certeza de que a dor será uma companheira fiel.

É assim que podemos definir o que sentem os portadores da nevralgia do nervo trigêmeo. Cada um que passou pelas portas do Ambulatório da Dor no Hospital das Clínicas em São Paulo, sem saber direito por onde começar, com certeza passou por vários profissionais, que por uma questão de desconhecimento da doença não conseguiram aliviar a dor de seu paciente.

Muitas vezes, pela insistência da dor, imaginou-se ser um problema psicológico, de ordem emocional ou talvez nervosa, pois que dor pode resistir a tantas terapias sem ao menos ceder e aliviar.

Que culpa tem esses profissionais de não conseguirem o diagnóstico correto. Se nem ao menos tiveram contato na sua formação acadêmica, ou no estágio, na residência, ou até mesmo no doutorado e no mestrado, enfim em toda sua carreira profissional. Julgá-los nesse momento não é o mais importante.
O mais importante é trazer a informação e distribuí-la por todos os canais de comunicação e assim tornar público para que esses mesmos profissionais possam ajudar de forma concreta seus pacientes portadores da nevralgia do nervo trigêmeo.

O objetivo maior da Associação Brasileira dos Portadores de Nevralgia do Nervo Trigêmeo é trazer informação sobre essa doença para o público técnico e leigo, buscar mais recursos privados e públicos para pesquisa de suas causas, conseqüências e tratamentos.

A Doença



A Neuralgia Trigeminal uma doença crônica da face, que afeta o nervo trigêmeo, o maior dos 12 pares dos nervos cranianos.
Os ataques dolorosos podem envolver um ou mais ramos, porém o mais comum é atingir o ramo médio e ou o inferior. E raramente são acometidos os três ramos. A incidência maior da doença ocorre no lado direito da face, podendo, também ocorrer de forma bilateral, porem em momentos diferentes e normalmente em crises separadas.
A Neuralgia do Nervo trigêmeo não é fatal e seus sintomas são dor facial em episódios curtos que aparecem e desaparecem rapidamente ou dor em choque aterrorizante causando grande sofrimento para o paciente.


O Início



A maioria dos pacientes é afetada pela Neuralgia nos ramos inferior e ou médio, causando dores nos dentes e gengivas.
Essa dor pode ser continua ou somente um aumento da sensibilidade da gengiva ao calor e ao frio, antes de aparecer a dor propriamente dita. Inicialmente o paciente busca ajuda profissional entre os rofissionais da odontologia. Essa fase inicial dificulta a esse profissional o diagnóstico correto. A Neuralgia pode parecer dor de dente, mas não é causada por problemas dentários.
Em seguida, o paciente, por não conseguir melhoras, inicia um longo processo antes do diagnóstico correto... Passa por dentistas, cirurgiões, otorrinolaringologistas entre outros. Inicia vários tratamentos e até mesmo cirurgias dentárias, enquanto a dor fica cada vez pior e mais latente.


O Diagnóstico



A Neuralgia Trigeminal típica tem sintomas específicos que a diferenciam das outras dores faciais. A dor é de curta duração, geralmente intensa e raramente contínua, parece um choque elétrico. A dor é geralmente desencadeada com um leve toque ou vibração na face como escovar os dentes, se maquiar, fazer a barba, tomar vento no rosto, um beijo suave, falar e até mesmo comer. A dor alterna períodos de piora e melhora que podem durar semanas ou meses com ou sem dor. Isso compromete muito todas as atividades rotineiras do paciente. Para fazer um diagnóstico preciso, os médicos recomendam o exame de ressonância magnética ou a tomografia Computadorizada da cabeça e exames de sangue.
Esses exames ajudam ao profissional a eliminar outras hipóteses de diagnóstico como esclerose múltipla.
Especificamente para a detecção da doença ainda não existe um exame específico. É muito importante que o paciente descreva precisamente qual é a área de dor e o tipo de sensação, como, por exemplo, pontadas, dor de intensidade constante, choques, queimação, etc, pois isso acabará definindo o diagnóstico e a melhor indicação de tratamento feita pelo profissional que estará avaliando.

A Causa


A teoria mais aceita é de que a cobertura protetora do Nervo Trigêmeo chamada “Bainha de Mielina” deteriora. Isso faz com que os sinais normais se interrompam e permitam que mensagens anormais sigam para o cérebro, isto é, um leve toque é traduzido como dor.
Essa mudança na cobertura protetora pode ser causada por compressão de vasos sanguíneos tumores, esclerose múltipla (que causa uma quebra da Bainha de Mielina dos Nervos), lesão do nervo ou avanço da idade.
Em alguns casos de dor facial são causados pelo vírus Herpes que causam o “cobreiro”, esta é a Neuralgia Pós Herpética, não é a Nevralgia do Nervo Trigêmeo.
E o tratamento é com medicações anti-virais e anti-depressivas que alteram a transmissão do nervo e diminuem a dor.


Quem é afetado?


A Nevralgia do Nervo Trigêmeo afeta Um em cada 25.000 pessoas, um pouco mais de mulheres do que em homens. Nos EUA são diagnósticos cerca de 15.000 casos novos. A maioria tem mais de 40 anos de idade, sendo o faixa etária de 50 a 60 anos mais atingida pela NT. Em menos de 5% dos pacientes existe história familiar.

No Hospital das Clínicas, em São Paulo, são atendidos, por semana, 15 pacientes de neuralgia no Ambulatório de Algias Craniofaciais. Aproximadamente 50 pacientes são atendidos no Ambulatório da equipe de Dor Orofacial, e 10 pessoas são atendidas na triagem. Além disso, são realizadas 4 cirurgias por semana.
A Cirurgia mais freqüente é a “Compressão do Gânglio Trigeminal com balão inflável percutânea”.
A equipe do Ambulatório da Dor, como é conhecido pelos seus pacientes, é formada por Médicos-Neurocirurgiões, Cirurgiões-Dentistas especializados em dor orofacial e psicóloga.




O Nervo Trigêmeo

Ramo Oftalmológico

Olhos, sobrancelhas, testa e frente do couro cabelu-do

Atinge 4% dos pacientes.

Ramo Maxilar

Lábio Superior, dentes superiores, gengiva supe- rior, bochecha, pálpebra inferior e lateral do nariz
Ramo Mandibular

Lábio inferior, dentes inferiores, gengiva inferior, lado da língua e região inferior do queixo até a frente da orelha.


Os Principais Medicamentos

O medicamento mais utilizado é a Carbamazepina. O alívio inicial é rápido e sua introdução é lenta e gradual até atingir a quantidade que o paciente fique sem dor e sem efeitos colaterais.
A Fenitoína é um utilizado principalmente em pronto-socorros e é administrada via edonvenosa.
O mais novo anticonvulsivo utilizado no combate da dor da nevralgia do nervo trigêmeo é a Gabapentina. Seus efeitos tóxicos é melhor tolerado pelo fígado e ele não sofre com a sua metabolização.
Como coadjuvante há o medicamento Baclofeno, que é um relaxante muscular que pode ser utilizado acompanhado de outros medicamentos.


Quando a cirurgia é a solução

O tratamento cirúrgico se faz necessário quando o tratamento medicamentoso não é mais eficaz.
Há vários procedimentos que hoje representam 80% de um sucesso iniciam e em 25% destes ocorre o retorno da dor entre 01 e 05 anos.
Os tratamentos cirúrgicos podem ser feitos através de injeções ou de bloqueios do nervo:

*RF – Rizotomia Percutânea por radiofreqüência
*Injeção de Glicerol
*Microcompressão Percutânea do Gânglio Trigeminal com Balão.
*DMV-Descompressão Microvascular Radiocirurgia estereotáxica
*Radiocirurgia LINAC e Gamma Knife.
Todos os tipos de tratamentos têm graus variáveis de sucesso a curto e longo prazo no alívio da dor.
A escolha do procedimento depende da preferência, das outras doenças existentes, das cirurgias prévias, e da presença de esclerose múltipla e do ramo do nervo afetado de cada paciente.